segunda-feira, 21 de abril de 2008

Resenha: A relação entre "A Aurora do Homem", primeira parte do filme "2001: Uma Odisséia no Espaço", e o Meio Ambiente.

O debate que se pretende colocar em questão neste texto aborda um conflito que vigora desde os primórdios do desenvolvimento da raça humana: o conflito entre homem e ambiente natural. Claramente, desde o início da evolução dos seres humanos, estes modificam a natureza ao seu redor, como uma forma de garantir condições de sobrevivência e de melhoria do andamento de suas vidas. A natureza apresenta-se então como um meio ambiente relacional, fazendo da questão ambiental uma das mais importantes da história da humanidade.

O filme “2001: Uma Odisséia no Espaço” apresenta questões em seu conteúdo que, de certa forma, fazem referência ao ser humano e ao seu comportamento junto ao meio ambiente. Logo no começo é posta em evidência a evolução humana, através do subtítulo “A Aurora do Homem”. A partir daí, são mostrados macacos, espécie da qual se evoluiu para o Homo Sapiens como conhecemos. Esses macacos apresentam atitudes primordiais daquilo que futuramente estaria implícito entre os homens como algo extremamente evidente na sociedade capitalista: a competição pelos recursos naturais. A produção cinematográfica apresenta uma cena na qual dois grupos rivais de macacos disputam um recurso necessário a ambos, a água. Partindo desta cena, se extrai o conceito de que o homem faz uso da natureza em proveito próprio, na busca de sobreviver e melhorar sua condição de vida. Dessa forma, se faz um paralelo com a atualidade, na medida em que a questão dos recursos energéticos, especialmente a busca desenfreada por petróleo, revela os dois aspectos abordados inicialmente pelo filme: o uso da natureza como forma de desenvolvimento e a competição entre os homens que tal fato causa. Assim, a discussão de que a economia global atual necessita se adequar às limitações do meio ambiente, através de uso consciente dos recursos naturais, se encaixa perfeitamente com o fato de que a relação homem X natureza é essencial para a sobrevivência do primeiro.
Em seguida, o filme aborda de maneira mais profunda o fato de que o homem utiliza o meio ambiente e o que ele proporciona para se tornar cada vez mais desenvolvido. A cena que demonstra isto de forma precisa é aquela na qual um dos macacos aprende a usar um osso de um animal morto como ferramenta para facilitar suas atividades. Retornando à cena do conflito entre os dois bandos de macacos, demonstra-se como a competição privilegia aquele que faz melhor uso da natureza: o bando que tinha aprendido a utilizar o osso usou-o como arma para eliminar o seu rival na disputa pelo recurso natural. A evolução é então posta em evidência, na medida em que os recursos proporcionados pela natureza, no caso o osso, permitem o desenvolvimento de invenções humanas que o ajudam a vencer o conflito na busca por mais recursos naturais.
O diretor de “2001” faz então um corte, uma mudança de cena, que representa a evolução humana: o macaco atira o osso ao ar e este aparece no futuro como uma nave espacial. O homem que evoluiu do macaco viaja no espaço através do uso da natureza em proveito próprio.


É apresentado então no filme algo que pode ser interpretado como uma metáfora para o desconhecido: um monolito. Este monolito desperta a curiosidade tanto de macacos como de homens, sendo até a razão pela qual o homem faz sua expedição espacial no universo. Pode-se interpretar então o monolito como a natureza, na medida em que ambos representam uma força maior que têm poder sobre o homem, e que influenciam no decorrer de sua existência.


O encontro dos macacos e do homem com o monolito no filme demonstra que estes não sabem o que determinou que aquele objeto estivesse naquele local, da mesma forma que tem consciência de que a pedra os influencia de alguma maneira. Igualmente, o meio ambiente tem esse poder de fixação sobre o homem: este não sabe o que ou quem determinou o desenrolar de suas relações. Sob uma ótica de problemáticas atuais, as reações do meio ambiente à atuação predatória do ser humano, desencadeando catástrofes naturais que põem em risco a vida dos homens, demonstram o desconhecimento das atitudes que a natureza pode tomar quando sofre abuso na captação de seus recursos. Monolito e Natureza representam influência do ambiente externo sobre o homem, que passa a ter importância secundária quando comparado ao poderio dos dois elementos, tanto no filme como na vida real.

10 comentários:

Anônimo disse...

Sensacional!

Anônimo disse...

Muito Obrigado!!!
Como você chegou até aqui?

Unknown disse...

Finalmente alguém me explicou o que aquela p..... daquele monolito(?), estava fazendo no meio do caminho .

Abração !

Anônimo disse...

Hahaha!!!

Paulo Scheuer disse...

"Finalmente alguém me explicou o que aquela p..... daquele monolito(?), estava fazendo no meio do caminho"

IDEM!
hahaha
obs: nao quero ser o crítico chato desse blog (sou o primeiro a fazer uma ressalva até agora, mas um comentário:
"Assim..." "Dessa forma..."
tente desvencilhar-se dessas formas prontas ao longo do seu texto =)
abracao! adorei a resenha

Anônimo disse...

Uhuuu...primeira crítica...mto bem vinda...isso tb me incomodou nas mtas relidas q eu dei no texto...tem sugestoes de expressoes auxiliares padu?
abraçosss

Renato Bellote disse...

Belo tópico.

abs

Anônimo disse...

Vlw Renato!!!
abraços

Greg disse...

"Finalmente alguém me explicou o que aquela p..... daquele monolito(?), estava fazendo no meio do caminho"...

Bom, na vdd ele não explicou. Apenas concebeu seu ponto de vista. Stanley Kubrick é inexplicavel.

Anônimo disse...

Quero saber PORQUE o ESPAÇO A
CANETA E A MULHER oque elas representam?

QUEM SOBER ME EXPLIQUE

andressa.vitor@hotmail.com
msn