O sol beija-me calorosamente a face,
E o frescor do crepúsculo
invade regiões desconhecidas da alma.
Um vôo singular;
Um abraço sincero;
A caneca na mesa;
O barulho do motor.
O vento, irmão inquieto,
Faz as folhas flutuarem
Em redemoinhos rente a calçada.
Vem pra cá existência,
E dá-me seu conteúdo:
Ver a sombra ser preenchida
Pelos focos luminosos da cidade em movimento.
Quero contemplar cada poente de sua jornada;
Quero ouvir cada acorde de seu desenrolar de poeticidade;
Quero ter a pele tocada pelos arrepios do ar.
As pessoas andam,
E a humanidade tem seus planos,
Cabeças,
Idéias,
Sorrisos.
O caos da história,
Em mentes ávidas e corações soturnos.
Que encontram, todos os dias,
Um pedaço de Beleza, Eternidade e Verdade:
O poente.
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