segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Poente

O sol beija-me calorosamente a face,
E o frescor do crepúsculo
invade regiões desconhecidas da alma.

Um vôo singular;
Um abraço sincero;
A caneca na mesa;
O barulho do motor.

O vento, irmão inquieto,
Faz as folhas flutuarem
Em redemoinhos rente a calçada.

Vem pra cá existência,
E dá-me seu conteúdo:
Ver a sombra ser preenchida
Pelos focos luminosos da cidade em movimento.

Quero contemplar cada poente de sua jornada;
Quero ouvir cada acorde de seu desenrolar de poeticidade;
Quero ter a pele tocada pelos arrepios do ar.

As pessoas andam,
E a humanidade tem seus planos,
Cabeças,
Idéias,
Sorrisos.

O caos da história,
Em mentes ávidas e corações soturnos.
Que encontram, todos os dias,
Um pedaço de Beleza, Eternidade e Verdade:
O poente.

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