Idéias de todos os tipos, que corriam por sua cabeça, o impediam de escrever corretamente aquilo que pensava. Sentado na escrivaninha, de frente a folha em branco de seu caderno, maquinava sobre os acontecimentos dos últimos meses e como estes influenciavam suas condutas. A música que vinha de seu aparelho de som marchava diante de sua audição, de forma perene, e ele não conseguia distinguir o começo ou o término das faixas. Sua mente enfrentava a fadiga: a incomunicabilidade consigo mesmo chegava ao extremo, e não sabia como agir perante situações que apareciam pelo andamento de sua vida.
Tentava buscar inspiração nas coisas que o agradavam: as artes, a cidade, seus amigos. Nada. Sempre que encontrava um assunto, flanava em seus pormenores e quando se dava conta de si, não havia progressão alguma.
Postergava suas obrigações, talvez por ter a certeza de que não conseguiria evoluir de maneira satisfatória em absolutamente nada que fizesse.
Aquilo estava chegando a um limite: precisava resolver a situação que o assolava.
Era talvez o maior problema que já tinha enfrentado. Um problema materializado em seu cotidiano. Problema que, em um tempo passado, fora a solução de todas as suas inseguranças.
Parou pra pensar como a tal da dialética fazia sentido, se é que entendia dialética. A movimentação do mundo pregava peças: a mesma coisa possuia valores opostos em sua cabeça, e aquilo é o que dizimava sua consciência.
Pedia conselhos para seus próximos, mas pareciam sempre cair na mesma premissa: a de que tinha que tomar uma atitude. A grande questão era qual atitude.
Soluções pragmáticas cruzavam seu intelecto mas nenhuma parecia resolver por completo a situação. Decidiu radicalizar e recorreu a eliminação pela raiz. Uma raiz forte, no entanto. Uma raiz que estava bem fixada nos pilares do seu ego.
Xingou a falta de inspiração e tentou abstrair-se do existencialismo, ocupando-se com externalidades. Concluiu que seu caminho baseava-se em hedonismos e esperança.
Resolveria o conflito interior e chegaria à síntese.
Estes eram seus votos de confiança.
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2 comentários:
done
pra vc nao esquecer como tem mais gente no mesmo barco haha:
What do you do when you know something's bad for you
but you still can't let go?
I was naive, your love was like candy
Artificially sweet
I was deceived by the wrapping
Got caught in your web and I learned how to bleed
I was prey in your bed and devoured completely
And it hurts my soul cause I can't let go
All these walls are caving in
I can't stop my suffering
I hate to show that I lost control
Cause I, I keep going right back
To the one thing that I need
To walk away from
Yeaah
I need to get away from you, need to walk away from you
Get away, walk away, walk away
I should have known that I was used for amusement (for amusement)
Couldn't see through the smoke
It was all an illusion
Now I've been licking my wounds (licking my wounds)
But the venom seeps deeper (deeper, deeper)
We both can seduce
But, darling, you hold me prisoner (prisoner)
Oh
I'm about to break
I can't stop this ache
I'm addicted to your allure
And I'm fiending for a cure
Every step I take leads to one mistake
I keep going right back to the one thing that I need
Oh
I can't mend this torn state I'm in
Getting nothing in return
What did I do to deserve
The pain of this slow burn
And everywhere I turn
I keep going right back to the one thing that I need
To walk away from
Yeaah
I need to get away from you, need to walk away from you
Every time I try to grasp for air
I am smothered in despair
It's never over, over, oh
Seems I'll never wake from this nightmare
I let out a silent prayer
Let it be over, over, ooh
Inside I'm screaming, begging, pleading no more
Now what to do
My heart has been bruised
So sad but it's true
Each beat reminds me of you
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