quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Estímulos

Passos aveludados de pernas
indecisas e curiosas.

Argumentações espontâneas de
sons agressivos.

Um breu intercalado com
alaranjados incessantes.

Levitar...

Entregar-se às brochuras do torpor.

Divagar...
Pelo império incerto de um
segundo...poderoso!

Único!

Sopros
confiantes
na esperança.

Uma vigília infla a memória de
ocasiões significativas.

Um caminhar vacilante e excitante
do sonhar.

Procurar...
Decerto é contínuo.

O vibrar
do calor histérico,
do frio volumoso.

(Robusta e errante,
a História se engaja
em seu próprio decorrer atemporal.)

Surgir entre
névoas obscuras,
e dançar sobre o infinito.

Cheirar
as cores
das estrelas,

Enquanto
devora-se
os traços da Lua.

Encarando
o planar envolvente
do céu.

Sedutor...
Fresco...
Eterno!

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Coração

Casos
dispersos.

Casas em
enfeites.

Carros em
brilhos.

Brilhos em
concreto

Amontoado

de
Visões

Cabeças
em
Futuro

sem angústia.

Navegar
na saudade
é passado.

A imaginação
vence,
supera

Cria
épicos
sintéticos
de processo.

Música
em páginas:
junta,
colorida,
atraente.

Nada mais,
além do conquistar.
Vence
dores (para trás)

Beleza
no salão
do Bom.

Conseguir
nas mãos
acariciar
planejamentos,
projetos.

Engrandecer o
Heróico
que emociona,
que faz mover.

Mover
o mundo
ao ápice do poder ser.

Sentir
as ruas
na viagem
de caminhar
pelos postos de futuro.
Há certeza!

Coração inflado pelo
doce
Respirar,
pela
Consciência
de mover
a mente,
as massas.

Grande
Jovem
na história.
ouvindo os cantos
belos
do calor
de seguir
Subir
e sorrir
ao épico
sentir
na Vida.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Ações

Escapar...
Da névoa covarde de padrões,
Das procissões de convenções.

Correr...
Para junto da verdade,
Para longe da saudade.

Encontrar...
A arte dos sentidos,
O choro dos oprimidos.

Beber...
O líquido gelado dos encargos,
O doce vinho dos amargos.

Cantar...
Pela loucura indomável,
Pela dança descontrolável.

Voar...
Entre o caos do movimento,
Entre a luz do desalento.

Deitar...
Nas brancas noites de solidão,
Na bruma extensa de paixão.

Morrer...
Com um sorriso no olhar,
Com o orgulho de sonhar.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Poente

O sol beija-me calorosamente a face,
E o frescor do crepúsculo
invade regiões desconhecidas da alma.

Um vôo singular;
Um abraço sincero;
A caneca na mesa;
O barulho do motor.

O vento, irmão inquieto,
Faz as folhas flutuarem
Em redemoinhos rente a calçada.

Vem pra cá existência,
E dá-me seu conteúdo:
Ver a sombra ser preenchida
Pelos focos luminosos da cidade em movimento.

Quero contemplar cada poente de sua jornada;
Quero ouvir cada acorde de seu desenrolar de poeticidade;
Quero ter a pele tocada pelos arrepios do ar.

As pessoas andam,
E a humanidade tem seus planos,
Cabeças,
Idéias,
Sorrisos.

O caos da história,
Em mentes ávidas e corações soturnos.
Que encontram, todos os dias,
Um pedaço de Beleza, Eternidade e Verdade:
O poente.